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"Saw III"



"Suffering, You Havent Seen Anything Yet"


"Saw" (o original) foi um dos poucos filmes desta nova geração de terror (ou também chamada geração de vómito) que me conseguiu dizer alguma coisa, e é com saudade que recordo a primeira vez que o vi. Era um jovem inocente, cheio de sonhos e esperanças, e a Lions Gate era uma produtora quase desconhecida a tentar sair do anonimato. Ainda me lembro das comparações com o "S7ven" por parte de alguma crítica especializada...

Dois anos depois, e já com duas sequelas, "Saw" transformou-se definitivamente num filme de culto com um estilo muito próprio, com um vilão que entrou pela porta grande para a história do cinema (Tobin Bell continua em grande), e que catapultou a Lions Gate para as luzes da ribalta. Mas... o que mudou em dois anos?

Sinceramente, no que toca ao essencial, muito pouco. Apesar do orçamento deste último filme ser consideravelmente maior que o do primeiro (de pouco mais de 1 milhão de dólares, passou para 10!), o filme mantém a sua essência muito própria, entrando para o leque das sagas cinematográficas reconhecíveis com um único fotograma, canalizando o orçamento para investimentos essencialmente a nível técnico.

A evolução dos personagens é nula, e a sua personalidade é tão complexa como um pente. Mas sejamos honestos, isso também acontecia no primeiro "Saw". Quem vai ver este filme já sabe com o que pode contar a esse nível, e não é por isso que vai deixar de ir ao cinema. Ficaríamos desiludidos era se o sangue estagnasse, e os personagens começassem a recitar Shakespeare.

Felizmente não é isso que acontece. A quantidade de sangue aumentou e muito, e o grau de nojo também (o grau de nojo é medido pelo número de pessoas que se ouvem na sala a mastigar as belas das pipocas - é inversamente proporcional). A originalidade (e crueldade) das armadilhas continua a aumentar - nunca arrancar uma caixa torácica pareceu tão poético. Temos o clássico twist final (se bem que, nem de perto nem de longe está ao nível do primeiro), e a continuidade narrativa é suficientemente coerente. Ou seja, tudo o que queríamos está lá!

Todos sabemos que a saga não vai acabar por aqui (a sequela já tem data de estreia), mas é um bom final de trilogia, recheada de homenagens ao filmes anteriores, que de certo agradará a todos os que ano após ano, continuam a encaminhar-se para as salas de cinema em busca de algo capaz de lhe aumentar o grau de adrenalina no corpo.

E como tal... leva a nota do costume. E para o ano cá estarei eu a falar do "Saw IV".

(7/10) * * *

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