The Exorcism of Emily Rose


"Once you see the darkness, I think you hold onto it the rest of your life"
Ambicionando ser algo mais que um simples filmes de terror, este "The Exorcism of Emily Rose" surge como uma espécie de "Law and Order" meets "The Exorcist" meets A missa dos Domingos (e não estou a falar de nenhum filme... é a missa mesmo. Com o sermão incluído).
Para os que estão a pensar num festival de sangue à la Wes Craven, desenganem-se. Mesmo que a audiência tenha aqui uma boa dose de sustos, esse não parece ser o objectivo deste filme.
Sim, fala de um exorcismo, o que torna as comparações com o clássico de 1973 inevitáveis. Mas ao contrário do "The Exorcist", que não quer saber se a audiência acredita ou não no que quer que seja, e usa o exorcismo como elemento choque, aqui ele é-nos apresentado em flashbacks e é utilizado como elemento de reflexão sobre a fé, e o que ela representa na nossa sociedade de valores cada vez mais terrenais.
Toda essa reflexão torna o filme mais apelativo em muitos aspectos, mas pode maçar os mais cépticos que apenas estavam à procura de sangue e sustos, e dão com eles a assistir a uma espécie de sermão, com alguns sustos à mistura, e alguns conceitos (principalmente toda aquela história dos demónios que assombram Laura Linney) subdesenvolvidos.
À parte disso nada a apontar nem aos actores (Jennifer Carpenter surpreendentemente realista e Laura Linney e Tom Wilkinson encheram as medidas), nem à realização, que optou aqui por um terror da velha escola, sem CGI nem cenas despropositadas.
(7/10)
(e num aparte, para todos os que ficaram intrigados com toda aquela história do "Based on True Events", procurem no google algo sobre Anneliese Michel, uma jovem alemã que morreu depois de 19 exorcismos)