"Premonition"
"I wake up and he's dead. I wake up and he's alive."
Isto é a maneira menos original de começar este comentário mas... eu sabia... eu tinha uma premonição de que isto não ia ser bom.
E porquê? Ora, para começar porque filmes que usam a desculpa do paranormal para contar uma história que poderia ter sido escrita por um ornitorrinco com uma máquina de escrever, têm surgido às pazadas nos últimos anos. E depois porque a Sandra Bullock está numa franca queda livre desde há muitos anos a esta parte, e normalmente os thrillers sobrenaturais (devido ao seu carácter algo... periclitante) têm o dom de poder enterrar ainda mais os actores nessa situação.
Até é possível que o conceito pudesse atrair os grandes estúdios de Hollywood (afinal de contas uma mistura entre "Memento" e "Groundhog Day" não soava muito mal, não é?), agora o que se esperava era que esse conceito fosse tratado de forma bem mais sóbria...
Quase tudo (se não mesmo tudo) falha neste "Premonition".
Os timings da realização são um desastre. Os momentos de tensão são forçados até à exaustão em cenas que têm tudo menos tensão e o ritmo geral do filme é demasiado lento e aborrecido. A química entre os actores (McMahon está claramente aqui só para conseguir uns trocos a mais) é inexistente.
E o argumento ... digamos... se até ao momento em que aparece aquele padre (que como por magia têm a explicação para o que se está a passar - se queriam criar um fenómeno inexplicável, ao menos poderiam ter a decência de fazer como em "Groundhog Day", e dar aos espectadores a capacidade de descobrirem por eles próprios o porquê de tudo) se pudesse sequer considerar a sua solidez, a partir daí abandonamos toda a esperança e só nos resta esperar que o fim (do qual, o melhor que se pode dizer, é que combina na perfeição com tudo o resto) chegue o mais depressa possível.
Pelo menos só dura 1h30...
(3/10) * *