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CINEBLOG

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"300"



"Spartans! Prepare for glory!"


Por muito hype que possa ter tido (muito por culpa do excelente aspecto), a verdade é que este "300" nunca foi um filme pelo qual eu me tivesse interessado muito. Não que duvidasse da sua qualidade... digamos que estou numa fase em que ver homens semi-nus empunhando grandes espadas não me emociona especialmente.

Talvez por nunca me ter interessado muito por ele, me tenha surpreendido o medíocre acolhimento que teve por parte da crítica norte-americana. Estava convencido que ia ser um filme capaz de conquistar tanto a crítica como o público. Afinal, ficou-se só pelo público. E... até se percebe bem porquê...

O que há aqui para contar não tem propriamente muito sumo. A estória é básica, não tem nada que enganar: bolachada, desmembramentos, mais bolachada com frases que ficam no ouvido, uma reflexões filosóficas com uma música épica de fundo, mais bolachada (desta vez carregando no botão de câmara lenta logo seguido do fast foward), mais um momento de reflexão, e ... é isso.

Agora o que realmente conta é a forma como esta bolachada nos é transmitida. E é ali que "300" se supera. Tecnicamente não tem rivais. Tudo neste filme é épico e tratado tendo em atenção o mais minúsculo dos detalhes. O som é aquilo a que se pode chamar de grandioso, e os visuais são de cortar a respiração. As cenas de combate são de uma originalidade técnica fantástica, e só apetece aplaudir quando se vê o Leonidas a avançar graciosamente para cima de uma dúzia de persas.

E se em algum momento se pudesse pensar que toda essa tecnologia pudesse comprometer o ritmo e interesse do filme, tal nunca acontece, e para isso muito temos que agradecer ao trio de argumentistas (do qual faz parte o realizador Zack Snyder) que criaram um filme que consegue ao mesmo tempo ser profundo, leve e bem humorado...

Quanto às interpretações não poderia deixar de falar da excelente prestação de Gerard Butler, que com os seus múltiplos registos (este senhor tem um dom de ser um actor e um herói de acção ao mesmo tempo, algo ao alcance de muito poucos... veremos se é desta que dá finalmente "aquele" salto) consegue levar este filme às costas, de tal maneira que o melhor que tenho a dizer do resto do elenco é que o consegue acompanhar sem dar muito nas vistas.

Não é um filme grandioso. Não é um clássico. No fundo não passa de um blockbuster... mas... Oxalá todos os blockbusters fossem assim...

(7.5/10) * * * *

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