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Harry Potter and the Order of the Phoenix



"Harry Potter... You will lose... everything"


Mais um ano, mais um Harry Potter... mais do mesmo. Este ano resolveram dar as rédias do projecto ao quase desconhecido David Yates (basta conhecer um pouco as manias de J.K. Rowling para saber que ser inglês é justificação suficiente para ocupar o cargo) e se tecnicamente não há nada de mau que lhe possamos apontar, a verdade é que nos outros sectores não há nada de realmente bom a acontecer.

A série entrou numa apatia da qual vai ser dificil sair. Já ninguém parece querer inovar, e até o humor que vinha a marcar pontualmente os anteriores capítulos da saga parece ter sofrido uma importante redução.

O ritmo é lento, e salvo algumas excepções - como as cenas que tem lugar durante as aulas do "exército de Dumbledore", ou o vibrante confronto final - tudo parece muito igual e pouco inovador. E mais uma vez é curioso ver como num filme tão longo parece faltar algo.

Há momentos em que se nota uma narração deficiente muito por culpa de um guião inconstante que parece não saber o que fazer com tantos personagens. É um sacrilégio um elenco desta qualidade ser tão mal aproveitado. Alan Rickman mal se nota, Emma Thompson aparece quanto tempo? 5 minutos? Porque é que a promissora personagem de Helena Bonham Carter (Bellatrix Lestrange) parece tão mal aproveitada? E se era para entrar tão pouco tempo, porque não escolher uma actriz menos conhecida? Às vezes fico com a ideia que o objectivo dos produtores é coleccionar nomes famosos para colocar na ficha técnica, sem pensar em utilizar as suas potencialidades. Pelo menos existe uma excepção chamada Imelda Stanton, no papel de um Hitler em versão feminina verdadeiramente - e positivamente - irritante.

O filme, tal como os anteriores, está cheio de conclusões apressadas: Harry apaixona-se por Cho, Harry beija Cho, Harry fala do seu primeiro beijo e parece apaixonado. No entanto, numa cena, Cho desilude Harry que, mesmo ao saber a razão que a obrigou a fazer isso, nunca mais lhe volta a falar o resto do filme e ninguém volta a tocar no assunto. Ok... os amores na adolescência não são para ser levados a sério, mas isto é ridículo. E, sou só eu, ou o pai de Harry (durante aquela visão das memórias do Snape) tem tanto de herói como o Draco Malfoy e ele parece não querer saber?

E depois há o eterno problema de Daniel Radcliffe ser um actor que deixa muito a desejar e dos efeitos especiais começarem a ficar ultrapassados.

Confesso que no ínicio prometia muito e cheguei, por momentos, a pensar que estava perante o filme definitivo do famoso mini-feiticeiro (que já é tão mini como deveria ser, diga-se de passagem). Mas pouco a pouco o filme começou a arrastar-se e a ficar mais pesado, até quebrar e cair nos mesmo erros que os capítulos anteriores.

(6/10) ***

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