Gamer: Simplesmente cansativo
Gamer de Mark Neveldine e Brian Taylor | 2009
"Daqui a alguns anos a contar deste preciso momento", os videojogos já eram. A indústria do entretimento digital resolveu apostar em avatares de carne e osso, e o passatempo da moda é um concurso onde prisioneiros condenados à morte são controlados remotamente por utilizadores sentados no conforto dos seus lares. Kables (Gerald Butler) é um dos infelizes avatares que está prestes a fazer história ao tornar-se na primeira pessoa a sair com vida do jogo. O problema é que o excêntrico criador do desafio (Dexter Morgan... perdão, Michael C. Hall) tem outros planos para ele.
Provavelmente devido ao crescimento das redes sociais, Hollywood escolheu 2009 para reflectir sobre o caminho sombrio que se pode abrir à nossa frente caso nos deixemos fascinar em demasia pelas sociedades virtuais. Há umas semanas era Surrogates a fazê-lo e agora é a vez dos criadores de Crank se debruçarem no assunto.
Mark Neveldine e Brian Taylor criaram uma sociedade decadente, insensível, onde tudo é permitido. Se por um lado temos a morte como forma de divertimento, por outro temos uma prostituição "encapotada" de uma sociedade (pouco) virtual. O filme funciona durante o primeiro terço onde a apresentação do universo é uma novidade, o problema vem depois. (...)
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