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Trolljegeren (2010) de André Øvredal

Como grande adepto do cinema fantástico fiquei maravilhado quando descobri um filme norueguês que revisitava o folclore escandinavo de um forma o suficientemente diferente para chamar a minha atenção (não, não é isto... por amor de Deus). 


The Troll Hunter (ou Trolljegeren no original) segue um grupo de estudantes universitários que começa por investigar o abate ilegal de ursos, algures na Noruega, e acaba por se ver envolvido numa caça ao Troll de proporções épicas (se derem uma vista de olhos ao trailer americano, podem ver que a coisa tem um ótimo aspeto)

Em primeiro lugar, e não é vergonha para ninguém, é preciso admitir que este é um filme bonito. As paisagens são fantásticas e os efeitos visuais são deveras impressionantes (principalmente para um filme europeu). Mas por alguma razão o realizador André Øvredal achou que isto se adequava ao ultra saturadíssimo género das found footages.

Não é por acaso que o found footage é usado, quase exclusivamente, em filmes de terror (veja-se Cloverfield, REC, Paranormal Activity). A composição atabalhoada e o ritmo frenético exigem um produto que consiga transmitir emoções fortes em pouco tempo. Não é, definitivamente, um formato que incite à contemplação.

Sim, Trolljegeren tem monstros gigantes mas não é, de forma alguma, comparável a Cloverfield. É uma aventura de fantasia, não um filme de terror. Tem tempos mortos que pedem uma planificação mais cuidada e momentos contemplativos que se diluem completamente num formato despropositado. Quando o realizador não consegue ver o potencial daquilo que ele próprio criou, algo está irremediavelmente errado.

 

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