The Adventures of Tintin (2011), de Steven Spielberg
Para não dizerem que deixei de comentar filmes, aqui vai uma rapidinha com algumas semanas de atraso.
Nada temam senhoras e senhoras, o TinTin do Spieberg vale mesmo a pena. Apesar da animação revolucionária, esta é uma aventura à moda antiga, conduzida com muita classe e imaginação por parte do mestre Steven, que merece figurar ao lado de qualquer Indiana Jones (não o vi em 3D mas fiquei com a sensação de ser dos poucos filmes a merecer uma oportunidade no mundo das três dimensões.).
Tecnicamente é perfeito (põe a uma canto qualquer das experiências de Zemeckis) e vai, indubitavelmente, agradar a miúdos e graúdos que procuram hora e meia bem passada.
Curiosamente, o ponto mais fraco que lhe encontro acaba por ser o próprio TinTin. O protagonista é um totó, que de tão bonzinho até aborrece. Não há nada que nos ligue emocionalmente ao personagem e este acaba por atuar apenas como uma espécie de guia turístico amorfo que nos conduz até ao que realmente interessa. Felizmente que os restantes personagens (em principal o magnífico e alcoólico Haddock de Andy Serkis) têm carisma suficiente para compensar a falta de matizes morais do TinTin.
O facto de seguir a bitola das aventuras clássicas acaba por torná-lo de certa forma previsível mas nada que ponha em causa a sua qualidade e que não possa ser corrigido numa sequela.
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