13 anos de CINEBLOG
Se há tradição tão antiga como assinalar os aniversários dos blogues, é a de nos esquecermos desses mesmos aniversários. Dia 11 de julho já lá vai e com ele o 13 aniversário deste vosso CINEBLOG. Foram 13 anos em que o mundo mudou e o cinema mudou com ele.
Há 13 anos ainda estávamos a uns bons anos de distância do início do Universo Cinematográfico da Marvel, o 3D era coisa de parque de atrações (e para lá caminha novamente) e o HD era coisa de nichos (mediam-se as televisões apenas pelo tamanho do ecrã e a resolução era coisa para entendidos). O mais perto que havia de uma rede social na internet era o IRC e a internet doméstica ainda se media em tráfego internacional e nacional (tirar um filme pelo emule era coisa para levar um par de dias... se o computador não se desligasse durante a noite. Não que eu alguma vez o tivesse feito, obviamente.)
O Shyamalan era grande, os irmãos Wachowski ainda tinham pilinha e o melhor do Senhor dos Anéis ainda estava para vir. Estreava o último filme do John McTiernan e ainda ninguém sabia o que era o Saw (nem que viria a fartar-se dele muito em breve). Depois de prisões, reabilitações e outras complicações, o Robert Downey Jr. começava a reconstruir a carreira ao lado da recém oscarizada Halle Berry, que estaria a poucos meses de enterrar definitivamente a sua).
A blogosfera era pequena, maneirinha, e sobretudo transbordava de personalidade. Os blogues podiam ser feios, mas tinham coisas para dizer e histórias para contar. Estávamos a anos de distância dos blogues branquinhos, de design "made in Vogue", da geração Instagram e dos posts escritos a pensar nas marcas que podem reparar neles e mandar-lhes uns "creminhos" para "avaliar".
Se gostaria de voltar a 2003? Nem por isso. Mas recordar é viver. E 13 anos já me permitem resmungar um bocadinho. Obrigado a todos os que continuam desse lado. Posso já não ter a vivacidade dos primeiros anos, e a vontade de escrever críticas já não é a mesma de outros tempos (estou naquela fase em que se não tenho nada de simpático para dizer, prefiro ficar calado).
Mas uma coisa é certa: continuo a desfrutar como nunca da vossa companhia.