6 filmes essenciais para uma Páscoa mais abençoada

Todos sabemos que a Páscoa é uma época nefasta para o espetador nacional. Entre os filmes religiosos italianos e os enlatados para miúdos (estou a escrever este post ao som do "Chihuahua de Beverly Hills"), não há nada na televisão nacional que sirva verdadeiramente o espírito da época. Para corrigir essa lacuna resolvi escrever este pequeno post com material mais do que suficiente para preencher este fim-de-semana prolongado sem nunca ter de olhar para a cara de um familiar.
Night of the Living Dead (1968)

O original do Romero é o derradeiro retrato da ressureição no cinema e o filme que mudou para sempre a forma como os mortos-vivos seriam vistos pela cultura popular. Cruel e visceral é ainda hoje o melhor da saga dos mortos-vivos do tio George.
"Re-Animator" (1985)

Haverá melhor maneira de comemorar o renascimento de Jesus do que com o "Re-Animator" a passar durante o almoço de Páscoa? Este verdadeiro clássico Pascal alerta-nos para os perigos de reanimar uma cabeça decepada. E todos deveríamos ficar agradecidos por isso.
"The Crow" (1994)

Numa altura em que o remake parece inevitável, fica sempre bem dar uma vista de olhos ao filme que colocou o realizador Alex Proyas no mapa (embora por pouco tempo). Atmosférico, poético e trágico (é impossível falar deste filme sempre referir o destino de Brandon Lee), a história do ressuscitado Eric Draven é uma das melhores adaptações de um banda-desenhada ao grande ecrã.
"Jason Lives: Friday the 13th Part VI" (1986)

Se até aqui o Jason Voorhees era um puto franzino e desajeitado, obcecado por chacinar adolescentes. A partir deste filme ele regressa dos mortos para se tornar num zombie mortífero capaz de furar uma caixa toráxica com o suave balançar de um punho. Nem Jesus fez melhor.
"Robocop" (1987)

O clássico de Paul Verhoeven é mordaz, inovador, inteligente, atrevido e obscenamente violento. A história de Alex Murphy poderia confundir-se com a de Jesus, se a Bíblia tivesse sido escrita por alguém sob o efeito de LSD. É preciso dizer mais alguma coisa?
"Darkman" (1990)

Muito antes de se aventurar no mundo de "Spiderman", Sam Raimi criou, escreveu e realizou "Darkman", o seu primeiro grande filme de estúdio e um dos filmes de super-heróis mais subvalorizados de sempre. Para além de ter Liam Neeson a iniciar-se nas artes da vingança (um género que, como todos sabem, viria a dominar décadas mais tarde), "Darkman" está recheado daquele humor psicótico e despretensioso, tão característico do Sam Raimi, e que grita orgulhosamente aos sete ventos: "sim, sou um filme de série B e depois?".
