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Sempre achei que o The End of the F***cking World não precisava de uma 2.ª temporada e apesar de não estar totalmente enganado (a primeira viagem dos nossos amigos é brutamente redonda e perfeita), nunca fiquei tão contente de ser contrariado.
A nova temporada consegue ser mais negra e violenta do que a primeira (sim, é possível) e continua a balançar alegremente entre o mundo dos Coen e do Tarantino, com as novas personagens a trazerem os novos conflitos e reflexões que a impedem de ser redundante.
Ah, e a banda sonora do Graham Coxon continua a ser um mimo.
No vídeo desta semana vou dar um passeio até ao mundo da televisão portuguesa para falar sobre as questões levantadas pela série Sara, realizada pelo Marco Martins a partir de uma idea original do Bruno Nogueira.
Disponível no sítio do costume.
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Se há uns anos seria impensável fazer uma lista de séries do ano, em 2017 tornou-se não apenas inevitável como obrigatório.
Ainda com uma rabanada ressequida no regaço, aqui ficam as melhores do ano para este vosso amigo que vos escreve, sem nenhuma ordem específica, a não ser aquela que o vosso coração vos ditar.
A coisa não é de agora. Nos últimos anos os sinais tinham-se tornado demasiado evidentes para serem ignorados e foi uma questão de tempo até acontecer. 2017 tornou-se oficialmente no primeiro ano em que vi mais séries do que filmes.
Sou fraco, eu sei. Fui incapaz de resistir aos apelos incessantes daqueles pequenos suplementos de ficção. Fui seduzido pela comodidade dos 40 minutos diários e das mini-séries de 10 episódios. Não resisti à Netflix, ao streaming, ao binge e às seasons.
Mas a culpa não foi só minha, juro. O cinema também não tem feito nada para melhorar a nossa relação. São os super-heróis, os remakes, as sequelas e as prequelas. Sempre a mesma história, sempre a mesma rotina. Um homem tem outras necessidades. Já estou farto que estejam constantemente a remexer-me no passado, a manipular-me à custa da nostalgia (as séries também já começaram a fazê-lo, mas ainda são mais meiguinhas).
E depois vem a questão do tempo. Hoje em dia é difícil arranjar um filme que tenha menos de duas horas e tal. É que tenho vida para além dos ecrãs, caraças! Três quartos de hora metem-se em qualquer lado, agora duas, três horas? Precisam mesmo desse tempo todo para contar a mesma história vezes e vezes sem conta?
A filme de 2004 "Lemony Snicket's A Series of Unfortunate Events" é um caso trágico de um excelente conceito desperdiçado por um casting questionável. A excelente fotografia do Emmanuel Lubezki merecia ser apoiada por algo mais do que uma comédia genérica do Jim Carrey (claramente com demasiadas liberdades artísticas). Mas tal como noutros casos, o Netflix chegou para nos salvar.
Chegou à rede o primeiro trailer da adaptação televisiva de "A Series of Unfortunate Events", a icónica saga literária infantil de 13 livros da autoria por Daniel Handler, que promete ser tudo o que o filme não foi. Para ser sincero, ainda não se sabe se o trailer é oficial (tudo aponta para que tenha sido feito por um fã de forma não oficial), mas não deixa de ter bom aspeto.
E sabem que mais? Quando isto estrear já o Netflix andará por terras lusas.
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